O remanso das águas e do amor


 


Os contornos desse amor
É como o das águas que sobem e descem
É remanso entre as forças
São as borbulhas que aquecem

As águas deslizam em seu dorso
Como deslizam esses calafrios
Da mente a baixo nesses corpos
Estimula essas peles, arrepiam esses fios

Esse espetáculo sentimental
É como o balé da piracema
Nesse palco aquático
Entre as borbulhas tão pequenas

Um amor tão calórico
Como o calor que vem de cima
Dos holofotes da natureza
Do brilho que  
fascina

O tempo passa como as águas
O amor fica como as borbulhas
O amor que não envelhece
O amor das criaturas


Águas que se vão, outras que ficam
Levam a paixão, deixam o amor
Como as borbulhas que se replicam
Com os raios desse calor