Passa notória, despercebida
embriagada, embebida,
sobre a aba dum chapéu
Dum bêbado equilibrista...
Vai e volta
No trem da vida,
Levando mistérios em cada vagão
Deixando-nos reféns no cácere,
No ápce,nos trilhos da solidão.
Levanta voous com os quero-queros
beijando a flor das estações,
Os beijos de quem me dera...
Os beijos que ainda espero.
Ela vem clarividente
versando todas as luas
Simples,Meiga bem nua
Vem de fora para dentro,
Vem de dentro para fora.
Toda noite,todo dia,
Tudo rima,toda hora...
Gil Miranda
© Todos os direitos reservados
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