Olá, Thiago! Entendo perfeitamente sua indignação. Concordo com você “em gênero, número e grau”. Obviamente você é capaz de entender essa frase, mas infelizmente, muitos não são... Chegará o dia em que quase ninguém será. Você assistiu ao filme “Idiocracy”? Ele retrata o “emburrecimento” da população, de uma forma escrachada, mas infelizmente, muito verdadeira. E profética! No nosso caso, os governantes não se preocupam com a educação, seguindo o exemplo dos países desenvolvidos, simplesmente porque não existe qualquer comprometimento com o país; a menor sombra de preocupação com o futuro. Talvez seja esse o resultado que queiram, pois um povo ignorante é manipulado muito mais facilmente. Aqui, é cada um por si. O interesse é sempre pessoal, nunca coletivo. Percebo que a política do “está bom pra mim, dane-se você” está cada vez mais em uso. Quem, pelos deuses, vai largar sua empresa, seus negócios, para ser Presidente da República, Governador ou Prefeito, para ganhar, sei lá, vinte mil por mês? De onde vem a verba para suas campanhas milionárias? Os empresários que doaram dinheiro não vão querer nadinha em troca? Claro que existem as exceções, uns poucos heróis, verdadeiros Don Quixotes, lutando contra moinhos de vento... Nós, brasileiros, não somos uma nação. Não de fato. Uma nação é formada por um grupo de pessoas que falam a mesma língua, residem no mesmo território e possuem as mesmas inclinações culturais. Não é isso? Às vezes, pergunto-me se realmente falamos a mesma língua. Tenho a impressão que a cada dia torna-se mais difícil se comunicar com as pessoas. Seja no comércio, por telefone, ao ser atendido em uma repartição pública... Quanto às inclinações culturais, então, nem se fala. Se é que existe alguma. Parece que só sobrou o território... Esse país foi uma colônia de exploração, e continua sendo. Um lugar destinado ao saque, e continua sendo. E eu não tenho a mínima ideia de que tipo de milagre precisaríamos para resolver isso. Haja esperança!