não só a sua face demonstra

o quanto estás desnutrido

"homo sapiens" falido.

 

os olhos que eram pretos,

agora são brancos,

sofridos

 

 

Das s árvores, 

o telhado 

aponte pra cima, 

a ponte que liga a rima

Do céu vem o veu

de pés rachados, acachados e deitaos.

 

os ritos,

e gritos,

Dos aflitos do parque

 

O santo que move 

o alforje

São Jorge 

da  lua,

ilumina

o resto, do resto que sobrou,

das miglhas da hipócrita, sociedade

 

impostos aos expostos,

alí,

de cara pálida

de olhos esbugalhados,

e dentes cariados

sem dentes, 

sem força, 

nem mesmo,  pra sair daquele mundo de excluidos

 

o papel,

os papéis 

que partem o coração 

de quem consegue ver a razão

Do porque, de um ser 

ser o que é. 

seja homem mulher criança

sem esperança,

mudança.

 

dali, 

do lado de lá, 

dá pra ver o mar.

 

As ondas gigantes

os prédios, gigantes

 

o capitalismo selvagem e avante,

sem dó nem pudor,

nem médico doutor;

poderia ter 

pra você.

 

a fé 

em dias melhores

em uma moradia

é o que adia a morte que ronda,

e pega pelo pé.

 

nas madrugadas vazias,

no beco escuro,

no canto do muro,

no calibre do fogo estatal na cara 

da espinha dorsal

no pedaço de pau, brasil

Adia a dor da doa que sentia.

 

e silencia o sofrimento, 

no que esconde a sociadeade,

qundo se fala em mudança social

 

é o bém,

é o mal,

que alimenta essa força de viver

pra eu não ver

nem verá você 

a vergonha nacional

pro "nosso"  banco mundial 

 

que fica por aqui,

que fica feio pro FMI

com esses animais

o algos, o caos,

mais marginalizados se faz

ás vistas dos investidores internacionais

 

"assim, assado"

é o ditado

do faz de conta:

-aluno ensinado

-professor preparado

-policial disciplinado

-político onesto e povo enganado

tudo bonitinho 

pra mim e você

mesmo que seja "pra inglês vê".

 

JÂNIO MOREIRA
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