Oração à "Rosa"


 

 

Que pode o poeta diante de tanta sensibilidade...?

 

Que pode o poeta diante de tanta generosidade...?

 

Que pode o poeta diante de tanta luz...?

 

Que deve o poeta dizer...?

 

Que deve o poeta fazer...?

 

Curva-se, portanto, o poeta...

 

Paralisado no êxtase desse experimento...

 

Entusiasmado na medida do incalculável...

 

Pasmo e inerte, num soluçar do choro alegre, do riso em lágrimas...

 

A ti, a honra...

 

Que toda a emoção do mundo possa caber...

 

Nesse teu sagrado mistério...

 

Nesse meu murmurar em silêncio...

 

Poema nascido do gesto sensível e singular da "rosa"... que oferta a pena, a caneta e a tinta!!!

SSA, setembro de 2014

Silvestre Sobrinho
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