A mão que embala o berço

Bendita a mão de mulher!
Guardem-lhe anjos celestes,
'Steja ela onde estiver:
Nos palácios ou casebres;
Que lhe abrace o Universo
Do bem e do amor fecundo,
Pois a mão que embala o berço
É a mão que rege o mundo.

Fonte da graça infantil,
Mescla ternura e poder
Por dar curso a um frágil rio
Que imenso um dia há de ser,
Espalhando em seu progresso
O bem ou mal mais agudo:
Pois a mão que embala o berço
É a mão que rege o mundo.

Oh, quão divina missão
Entre os homens se lhe deu:
Manter o seu coração
Aberto ao sopro de Deus!
Todo feito, todo apreço,
É do amor materno oriundo,
Pois a mão que embala o berço
É a mão que rege o mundo.

Bendita a mão de mulher!
Louvam-lhe filhos e pais:
Homens, mulheres, e até
Os seres celestiais,
Na doçura submersos,
Cantam amor tão profundo!
Pois a mão que embala o berço
É a mão que rege o mundo.

Por ocasião do aniversário de minha amada mãezinha.

(Baseado no poema "The Hand That Rocks The Cradle Is The Hand That Rules The World", de William Ross Wallace.)