Abro a janela do peito
e ponho pra fora
a vontade de te colocar pra dentro;
você já tem passe livre,
entre quando quiser,
mas não esqueça
que é terra sagrada.
Abro a janela do peito,
e ponho pra fora
a vontade de abrir a sua janela;
quero entrar da mesma forma,
com todo respeito
de um jeito suave,
não quero pisar na grama,
muito menos nas flores.
Abro a janela do peito,
e ponho pra fora
a vontade de criar uma ponte
que ligue pra sempre
as duas janelas,
com uma grama verde,
e com muitas flores
onde passem sonhos.
Abro a janela do peito
e ponho pra fora
a vontade de nunca mais abrir de novo.

a janela do peito não abre sempre

São Paulo