Nascer é fato involuntário
Para qualquer ser, sentido e sentimento,
Posto que a força advém da parturiente
Quem e o que nascem são inconscientes
Do grandioso esforço do universo
Para torná-los singulares.
Morrer é o mais certo itinerário
Embora cause triste descontentamento
Ao mundo, por ora, presente.
Morrer é fato tão eloquente
E independente de cronologia e mérito
Que todos estão em planos lineares.
Renascer é que árdua missão
Carece de equilíbrio e de sabedoria;
E o renascer da lógica e da emoção
É contínua penitência e ideologia.
Nascer, qualquer ser nasce;
Uns extemporâneos e indesejáveis,
Outros esperados e idolatráveis.
Nascer é da natureza
Para que o universo seja perpétuo.
Morrer, qualquer ser fenece;
Até as mentes mais brilhantes,
Até mesmo os astros e os diamantes.
Morrer é irrefutável certeza
De que o finito se transforme em eterno.
Bravo e lúdico é o ato de renascer
Para o amor e o encantamento da vida,
Quando se morre de mil mortes doridas.
Renascer é plural beleza
Que esparge do amor infinito de Deus.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele