Ninguém é inoxidável: Estamos todos sujeitos à ferrugem.

Lentamente, em algum ponto da vida, começamos a desmontar,

Quebrar, danificar, morrer... Triste, mas quem há-de lamentar?

Na sucata hemos todos de jazer, em meio a metais que rugem...

 

Cansa-me deveras a rotina. Fatiga-me saber que estou esperando.

E esperar é tedioso, porque no fim é só a morte e o olvido.

Quem quer se encontrar e viver eternamente, está, em suma, perdido.

Não é pessimismo, meus caros: É o nosso existir miserando.

 

Uma vontade de me entregar de vez a esta ferrugem da vida...

Uma vez passada, (quem sabe?) nunca, de fato, ocorrida...